Complexo eólico da Bahia será o maior do Brasil, afirma Renova Energia

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Pedra fundamental foi lançada no Sudoeste baiano/Foto: Elói Corrêa/Agecom
As obras de 14 parques eólicos na região de Guanambi, no Sudoeste baiano começaram na quinta-feira, 24 de fevereiro, quando a pedra fundamental do projeto foi lançada na BA-936, rodovia de acesso ao distrito de Morrinhos, no interior do município.
A expectativa da Renova, empresa de energia vencedora do leilão, é que sejam investidos R$ 1,17 bilhão na construção dos parques eólicos que, além de Guanambi, contemplam os municípios de Caetité e de Igaporã. Juntos, os três municípios contabilizam um PIB (Produto Interno Bruto) aproximado de R$ 750 milhões, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o diretor da Renova Energia, Renato Amaral, o empreendimento será o maior complexo eólico do Brasil. “Já conhecíamos o potencial eólico da região e consideramos um dos melhores locais do mundo para esse tipo de produção energética”, destacou o executivo à Agecom.
“Isso vai fortalecer a engenharia brasileira e a Bahia, reforçando nossa privilegiada posição no cenário internacional. A previsão é que no início de julho de 2012 já estejamos produzindo energia”, projetou Amaral. Segundo ele, a energia produzida na primeira fase deverá atender a 500 mil residências, ou aproximadamente dois milhões de habitantes.
Energia limpa e geração de empregos
A partir de junho, os equipamentos que irão compor os três complexos começam a chegar às respectivas localidades via Porto de Ilhéus. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) já autorizou a construção dos 14 parques eólicos, que contarão com 184 máquinas aerogeradoras (cataventos) instaladas em três complexos nos municípios de Guanambi, Caetité e Igaporã.
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Região onde o parque eólico será instalado/Foto: Elói Corrêa/Agecom
As máquinas terão 80 metros de altura. Somente as pás (hélices) terão 40 metros cada. Uma réplica dos cataventos, 53 vezes menor que o original, foi apresentada durante o lançamento das obras. Deverão ser gerados mil empregos diretos e outros 2000 indiretos.
Desde o início de fevereiro, 100 funcionários estão trabalhando no local. Marcos de Oliveira Silva saiu de Porto Seguro para trabalhar no projeto. “Tem sido ótimo trabalhar aqui. Uma oportunidade de crescer na vida. Meu objetivo é crescer na empresa”.
A produção de energia eólica é considerada uma fonte limpa (ao contrário dos combustíveis fósseis) e inesgotável. Os contratos de compra e venda de energia foram formalizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e têm prazo de 20 anos. Inicialmente, cerca de 500 proprietários rurais da região que terão parte das terras arrendadas, serão contemplados com o projeto. No auge da produção energética, o número de empresários rurais poderá chegar a um mil.
“Vamos produzir energia que estimula o desenvolvimento da Bahia e contemplar os produtores que receberão recursos. É fundamental que esta energia seja produzida no Semiárido baiano. O investimento integra a nossa política de descentralização de investimentos”, observou a secretária da Casa Civil, Eva Chiavon. Até 2014, a Bahia deverá ter mais de 34 parques eólicos que, quando estiverem em funcionamento, terão a capacidade de gerar de 977,4 MW, o suficiente para abastecer cerca de quatro milhões de residências.
O governador da Bahia em exercício (Jaques Wagner está na Coreia do Sul), Otto Alencar, informou que em julho deste ano será inaugurado o primeiro parque eólico do estado, na Chapada Diamantina, que, segundo ele, “terá capacidade para produzir 90 Mega Watts de energia, auxiliando no desenvolvimento de Brotas de Macaúbas e outros municípios da região”.

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