O objetivo desta pesquisa foi coletar respostas que auxiliem na concepção da monografia de proposta para o TFG – trabalho final de graduação. Foram criadas dez perguntas padronizadas, com o cuidado em não induzir uma resposta, uma vez que o tema e sua provável solução da monografia está, em parte, defino.
Foram 39 entrevistados, entre homens e mulheres, de diferentes idades e conhecimentos. Pouco mais da metade acredita que os desastres naturais são transformações ambientais e fenômenos naturais que fazem partes da evolução natural do planeta. E 80% delas, acreditam que a causa dos escorregamentos de terra, assim como ocorreu recentemente na região serrana do Rio de Janeiro se deu devido à ausência de ações urbanas de uso e ocupação do solo adequadas às características geológicas dos terrenos ocupados.
O poder público impõe-se a industrialização e a qualidade, muitas vezes pela burocracia para justificar os recursos, mas é possível detectar que a maioria dos entrevistados entendem que há políticas públicas que impactam a técnica e o território, no que diz respeito à geologia, mas que precisa melhorar para minimizar os danos (óbitos, principalmente) oriundos dos deslizamentos de terra.
Mais de 90% dos entrevistados acreditam que o arquiteto-urbanista precisa saber sobre fundações, impermeabilização e compactação do solo para evitar desastres técnicos e ambientais na hora de projetar e não somente responsabilizar a engenharia. O arquiteto-urbanista deve ser capaz de propor alternativas criativas para adaptar seu projeto à natureza, com auxílio de uma tecnologia de construção (ver questão 5).
Diante a pesquisa, é possível visualizar um equilíbrio das respostas, concluindo que inúmeras medidas devem ser tomadas para evitar os prejuízos dos deslizamentos de terra, não só como desenvolver tecnologias de construção para habitação em áreas de risco geológico e sim incluir a solução em um caderno de encargos de obras e serviços para que se tenha um exemplo de como construí-la, monitoramento permanente da área e criando leis para que se evite novas ocupações nessas áreas diante um mapeamento de locais “não habitáveis”.
Medidas que minimizam o risco de morte em construções já implantadas e localizas em área considerada de risco geológico (acima de 35% de declividade), não são somente de responsabilidade do poder público e sim, também, do proprietário do imóvel ou terreno. Podemos relacionar a importância do arquiteto-urbanista com parte desta responsabilidade, pois é indispensável que o profissional da área indique o melhor terreno, fora da área de risco.
0 comentários:
Postar um comentário