O número de mortos pro conta das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro passou a marca dos 900, de acordo com balanço da Polícia Civil divulgado nesta quarta-feira. No total, são 904 óbitos.
A cidade com mais vítimas da tragédia continua sendo Nova Friburgo, com 426 mortos. Teresópolis registrou 381, Petrópolis, 71, Sumidouro, 21, São José do Vale do Rio Preto, 4 e Bom Jardim registrou um morto.
AVALANCHES
As avalanches que atingiram a região chegaram a 180 km/h. Cada massa de terra que se descolava do morro despencava 1 km em 20 segundos, de acordo com dados do relatório elaborado pelo Serviço Geológico do Estado do Rio.
O relatório aponta como causas a própria geologia da região, a ocupação irregular do solo (encostas e áreas de várzea) e as chuvas de grande intensidade concentradas em períodos de 15 minutos.
VOLTA ÀS AULAS
Nesta segunda-feira (14), foram retomadas as aulas em mais seis escolas da rede estadual na região serrana após as chuvas. Quatro delas são em Nova Friburgo, uma em Bom Jardim e uma em Sumidouro.
De acordo com a superintendente de gestão da rede estadual, Inês Silva, o atraso na volta às aulas em unidades que ainda serviam como abrigo para as vítimas dos temporais ou que tiveram a estrutura comprometida não vai prejudicar o ano escolar. Ela afirmou que serão cumpridos os 200 dias letivos e, se necessário, os alunos contarão com reforço escolar.
A maior parte das unidades já havia reiniciado as atividades no último dia 7, cumprindo o calendário escolar do Estado. A previsão é que até o dia 28 todas as 80 escolas dos municípios da serra fluminense estejam funcionando.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/876441-numero-de-mortos-na-regiao-serrana-do-rio-passa-de-900.shtml
1 comentários:
Depois de uma tragédia é que se fala em prevenção. A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro é muito mais resultado de um ruim planejamento da ocupação do território do que as características geográficas e geológicas da região. A população, não possuindo muitas alternativas de moradias, e sem ofertas das políticas de habitação ou pelo mercado, ocupa áreas que são indevidas por não fazerem parte de um planejamento urbanístico. Enquanto estudante de arquitetura e urbanismo, acredito que deveriam ser mapeados locais não habitáveis e que fossem revistas as pólíticas de ocupação para controle de moradias nestas regiões, juntamente com fiscalização.
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